dia do estudante

Projeto apoiado pelo Sindifisco, que viabiliza o ingresso de estudantes em situação vulnerável nas universidades, segue com ações voluntárias durante a pandemia.

Apoiador do Projeto Integrar desde 2013, o Sindifisco recebeu recentemente a prestação de contas das atividades de 2019, durante reunião virtual entre a diretoria e os coordenadores do projeto. Durante o ano de 2019, o Projeto de Educação Comunitária atendeu cerca de 300 estudantes, nos dois núcleos de atuação: Instituto Estadual de Educação (IEE) e Escola de Ensino Básico Jurema Cavalazzi, na Capital. Apesar da evasão ter aumentado em relação a 2018, o Integrar possibilitou a aprovação de 34 estudantes em vestibulares em 20 cursos da UFSC, Udesc e IFSC, sendo que alguns obtiveram aprovação em mais de uma instituição. Para tanto, o projeto contou com o auxílio financeiro do Sindifisco SC no valor de R$ 40 mil, além da compra de livros.

“Temos orgulho e nos sentimos honrados em poder fazer parte desse trabalho, que vai muito além de um curso pré-vestibular. O Integrar é um preparatório para a vida, que resgata jovens muitas vezes desesperançados e sem perspectivas e lhes oferece um horizonte muito mais amplo. Acreditamos firmemente na educação inclusiva como um caminho na diminuição das mazelas sociais do nosso país”, avalia o presidente José Antônio Farenzena, que em sua gestão fez questão de dar prosseguimento ao apoio institucional.

Pandemia – Por conta do distanciamento social imposto pelo novo coronavírus, as aulas estão suspensas, mas o trabalho, não. Como grande parte dos alunos não teria condições de acompanhar aulas online, alguns professores interagem diretamente pelo aplicativo WhatsApp com aqueles que podem manter os estudos à distância. Além disso, a equipe do Integrar se organizou em torno de uma grande campanha para garantir a alimentação de estudantes, professores e suas famílias nesse período em que muitos ficaram sem opção de renda.

“Nos mobilizamos para auxiliar com a alimentação essas pessoas e um número expressivo de famílias da Comunidade da Queimada, na qual está inserida a escola Jurema Cavallazzi, que ocupamos como um dos núcleos do projeto”, explica a professora Luciana Freitas. Segundo ela, a ação, que resultou na quantia de R$ 3,5 mil, parte da compreensão de que o projeto não se finda somente em oportunizar aos estudantes a entrada nas universidades, mas que tem o compromisso social e político de viabilizar meios materiais de existência e resistência das comunidades e ocupações da Grande Florianópolis.

Todo o valor utilizado na campanha foi obtido por meio de doações de pessoas físicas. Do caixa do Integrar, foram retirados apenas R$ 100 reais para custear a gasolina daqueles que se dispuseram a fazer o transporte dos alimentos.