Prioridade do novo governo, a reforma tributária será discutida a partir de propostas que já estão em tramitação no Congresso

Prioridade do novo governo e tida como uma das principais pautas do Congresso Nacional em 2023, a reforma tributária vai ser discutida pelo grupo de trabalho a partir das propostas que já estão na Câmara (PEC 45/19) e no Senado (PEC 110/19). O relator do grupo é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Em entrevista ao programa ‘Painel Eletrônico’, da Rádio Câmara, Reginaldo Lopes afirmou que a partir da apresentação do plano de trabalho, serão ouvidos os líderes partidários, em busca de diálogo. O petista disse que o Fórum de Governadores, a Frente Nacional dos Prefeitos, setores econômicos e entidades que representam os trabalhadores, além de ministros da área econômica serão convidados a debater a proposta.

O parlamentar enumera alguns princípios da reforma tributária, como:

  1. Simplificação da arrecadação de impostos, que pode acabar com a guerra fiscal entre os estados;
  2. Enfrentamento das desigualdades regionais; e
  3. Tributação diferenciada para alguns setores.

Reforma tributária será divisor de águas, diz deputado do PT

O parlamentar do PT de Minas Gerais salienta que a mudança a ser proposta é um divisor de águas. “Queremos um Brasil mais moderno, com mais garantias jurídicas do ponto de vista tributário e um sistema mais progressivo, que possa unificar os tributos”, destacou. O deputado citou ainda a possibilidade de desoneração de produtos alimentícios para aliviar a cobrança de impostos da população mais pobre.

“[Podemos] agregar valor nos seus produtos primários, que são exportados” — Reginaldo Lopes

Reginaldo Lopes enfatizou o ganho de competitividade do País como principal consequência da reforma tributária. “Nós podemos, de fato, incentivar que o país possa, por exemplo, agregar valor nos seus produtos primários, que são exportados, entrar no debate da economia do século 21, da nova indústria, da indústria 4.0, da indústria verde com a transição ambiental e ecológica. Então o Brasil pode ganhar muito.”

Outra vantagem apontada pelo coordenador do grupo de trabalho é o combate à sonegação, que provocaria crescimento na arrecadação de impostos sem a necessidade de aumento na carga tributária.

Via Agência Câmara