Revisão da meta fiscal foi aprovada nesta madrugada pelo Congresso.
‘Brasil terá o retorno dos investimentos e da geração de empregos, diz

O Ministério da Fazenda avaliou nesta quarta-feira (25) que a decisão do Congresso Nacional de aprovar a nova meta fiscal, encaminhada pela equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer, é um “passo importante na redução de grandes incertezas que cercavam, e ainda cercam, a trajetória das contas públicas”.

“A aprovação pelo Congresso Nacional, nesta madrugada, da proposta de revisão da meta de resultado primário do setor púbico para este ano indica que a instituição está comprometida com a superação da crise e de recuperação da economia brasileira”, acrescentou o Ministério da Fazenda, por meio de nota à imprensa.

Em votação simbólica, deputados e senadores aprovaram, na madrugada desta quarta, o projeto que revisa a meta fiscal e autoriza um déficit de R$ 170,5 bilhões para as contas públicas neste ano.

Segundo o Ministério da Fazenda, a “ação persistente e conjunta dos poderes constituídos determinará a superação definitiva das citadas incertezas e o fortalecimento da confiança de empresários e trabalhadores”. “Como consequência natural desse ambiente, o Brasil terá o retorno dos investimentos e da geração de empregos”, concluiu.

Após o Congresso aprovar durante a madrugada a meta fiscal proposta pela nova equipe econômica, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta nesta quarta-feira (25).

Nova meta fiscal
Se confirmado o déficit de R$ 170,5 bilhões ao final do ano, será o pior resultado da série histórica iniciada em 1997.

A aprovação da meta era considerada essencial pela equipe econômica do governo do presidente em exercício Michel Temer porque, sem essa permissão para fechar o ano com déficit, várias despesas teriam que ser cortadas, o que afetaria investimentos e programas sociais.

Segundo a equipe econômica, a meta de até R$ 170,5 bilhões é um “teto”. O objetivo é que o rombo fiscal seja menor do que este valor neste ano. Inicialmente, o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, havia pedido uma revisão da meta fiscal, para autorizar déficit de R$ 96 bilhões.

Se o Legislativo não aprovasse a mudança na meta, o governo teria que cumprir a meta já aprovada para o ano com previsão de superávit de R$ 24 bilhões. Na prática, em meio a momento de crise econômica e com cenário de menor arrecadação, isso pode paralisar a máquina pública.

 

Via G1 Economia