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Cresce a confiança entre os parlamentares de que o Congresso Nacional vai derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro no começo de fevereiro ao Refis do Simples. Mas para que cerca de 600 mil empresas endividadas não percam esse regime tributário até 31 de janeiro, o governo deve editar uma medida provisória (MP). A informação é do senador Jorginho Mello (PL-SC), que falou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na manhã de hoje sobre o assunto.

O senador, que também é presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e integra a base governista, lamentou a decisão da equipe econômica de vetar a matéria. Criticou o fato de o governo atender sempre as grandes empresas – como foi o caso da desoneração da folha, sancionada antes da virada do ano – enquanto as pequenas empresas, que são 98% do total de CNPJs do país e geram quase 60% dos empregos, ficam para segundo plano.

O deputado federal Darci de Matos (PSD-SC) disse estar confiante de que o Congresso vai derrubar o veto presidencial ao programa de refinanciamento das dívidas de pequenas empresas.

– As microempresas têm muito apelo diante dos parlamentares, elas são fundamentais para a economia do Brasil. Pelo que sinto, o veto vai cair – disse Darci de Matos.

O tema teve reviravoltas nesta quinta-feira. O próprio presidente Jair Bolsonaro, ao entrar na live dele às 19h, falou antes que “o cara queria que eu vetasse o Simples nacional”.

Como a coluna informou ontem, Bolsonaro recebeu ligação do senador Jorginho Mello no fim da tarde, que disse ter convencido o presidente a não vetar o Refis do Simples. O senador falou também com o ministro Paulo Guedes que confirmou a informação. Mas na madrugada, saiu o veto no Diário Oficial da União. 

Segundo o site do Valor, o motivo do veto foi que o governo não poderia conceder benefício em ano eleitoral, a não ser em caso de calamidade pública. 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti