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Na esteira da revelação de um estudo do Ministério da Economia sobre o fim da dedução de gastos com saúde e educação do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o ministro da Economia, Paulo Guedes, emitiu um comunicado na terça-feira, 25, afirmando não propor o fim das deduções. O destaque que a suposta medida ganhou em meio ao processo eleitoral traz incômodo à classe média, que se beneficia dos descontos no IR, e, por consequência, contribuiu para as apreensões da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Com isso, a coluna questionou articuladores da campanha adversária, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre sua visão a respeito da medida polêmica. Aliados do petista não defenderam abertamente o fim das deduções, mas também não o rechaçaram em absoluto.

Após afirmar repetidas vezes que o projeto de Lula parte de uma reforma tributária ampla, que infringiria em renda e consumo, com unificação de tributos e revisão das faixas para o cálculo do IR, um articulador do projeto econômico de Lula disse que mexer nas deduções seria um equívoco se fora do contexto de uma reforma ampla no sistema. Assim, indica que há espaço para discutir a questão dentro do projeto petista, desde que, no saldo geral de uma eventual reforma, fosse concluído que a classe média não sairia prejudicada. Nesse sentido, o a campanha de Lula não dedicou tempo considerável para se debruçar sobre o tema das deduções até o momento, focando em aspectos mais basilares do sistema tributário.

 

Via VEJA