Estudos realizados pelos técnicos da Secretaria da Fazenda projetam perdas de até R$ 400 milhões na receita do ICMS, em função da greve dos caminhoneiros. Já foram contabilizados R$ 130 milhões no mês de maio. Há projeção de redução de R$ 170 milhões em junho e previsão de mais R$ 100 milhões em julho.

Este cenário provoca impacto nas finanças públicas do Estado e tem consequência direta nas prefeituras, que também terão redução na arrecadação, uma vez que por lei têm direito a transferência automática de 25% do total.

O secretário Paulo Eli diz que o governo promoveu contenção de despesas nestes primeiros meses, com revisão nos contratos, negociações com fornecedores, supressão de comissionados e outras medidas. 

Conseguiu diminuir os percentuais da folha do funcionalismo ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.  Mas a queda na receita e o aumento vegetativo da folha representa riscos e ameaças.

O próprio governador Eduardo Pinho Moreira vem monitorando com pente fino o comportamento da receita e as providências para equilibrar as despesas.

Cancelou a viagem a Brasília, agendada para ontem, dedicando-se a despacho com assessores exatamente para examinar as próximas medidas a serem adotadas.

Outro efeito da greve dos caminhoneiros situa-se no setor produtivo. Vários empresários estão decidindo suspender ou cancelar investimentos programados para este ano.

Pesquisa da Fiesc concluiu que a confiança do empresariado catarinense despencou 8,3 pontos. Nos dois casos, resultado da greve dos caminhoneiros e da instabilidade política e econômica do pais.

Via NSCTotal – Coluna Moacir Pereira