frango

Ocorrência de influenza aviária em alguns países e dificuldades de produção devido à guerra na Ucrânia e à Covid-19 estão impulsionando as exportações de proteína de frango do Brasil, incluindo Santa Catarina. Em receita, o Estado obteve no período de janeiro a agosto US$ 1,28 bilhão com vendas externas do produto, 28,9% mais do que nos mesmos meses de 2021. O país, no período, exportou US$ 6,5 bilhões, 33,7% mais na mesma comparação.

Com mercado favorável, o produto segue no topo dos que trazem mais faturamento do exterior para Santa Catarina, respondendo por 16% do total das exportações do Estado em 2022. Embora o setor agroindustrial afirme que não tem conseguido repassar a inflação de custos que teve recentemente, esse avanço nas vendas externas também ajuda a pressionar preços.

Segundo apuração da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em volume, as vendas do país em agosto alcançaram 437,8 mil toneladas, 15,3% mais do que no mesmo mês de 2021. No mesmo período, a receita obtida lá fora chegou a US$ 992,1 milhões, 36,1% mais na mesma comparação.

De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, as projeções são de que o Brasil vai exportar perto de 5 milhões de toneladas de proteína de frango este ano. Mesmo assim, conseguirá suprir o mercado brasileiro, observa o dirigente.

Mas o fornecimento ao mercado interno vem sofrendo pressões inflacionárias, tanto pelo aumento das exportações, quanto pela elevação dos custos de grãos e combustíveis ocorridas este ano. Embora lideranças de agroindústrias digam que não estão conseguindo repassar toda inflação aos preços, nos últimos 12 meses eles subiram quase o dobro do que a inflação oficial, o IPCA, apurado pelo IBGE.

Nos últimos 12 meses, segundo os dados do próprio IPCA, enquanto a inflação acumulada subiu 10,07%, o preço do frango em pedaços, tipo mais consumido pelo brasileiro, subiu 19,74%. No mesmo período, o preço médio de aves e ovos subiu 18,5% no país, também segundo os dados do IPCA.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti