As exportações catarinenses em janeiro deste ano somaram US$ 591,3 milhões, aumento de 4,8% frente ao mesmo mês de 2017, constituindo-se no maior valor dos últimos seis anos, segundo dados divulgados pela FIESC

Esse desempenho coloca o Estado na nona posição entre as demais unidades federativas, responsável por 3,5% do total exportado pelo País, mostram os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

 

As exportações brasileiras, por sua vez, cresceram 13,8% frente a janeiro do ano passado. Alcançaram o patamar de US$ 16,9 bilhões (valor que, associado às importações, deu origem a um superávit na balança comercial de US$ 2,8 bilhões, o melhor resultado dos últimos doze anos).

 

Análise da FIESC

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destaca que os produtos do Estado têm participação relevante nas exportações brasileiras. Como exemplo, ele cita carne de aves, que embora tenha registrado queda de 11,1% no período, representa 22,2% do total exportado pelo Brasil, assim como a carne suína, que reponde por 49% do total embarcado pelo País e partes de motor (33,3%).

 

“Quer dizer, os principais itens da nossa pauta de exportação têm uma participação relevante no contexto nacional. O cenário internacional tem um ambiente favorável. Os países para os quais exportamos mais acentuadamente, como é o caso dos Estados Unidos, China e Argentina. Esses tendem a ter um crescimento na sua economia neste ano. Então devemos ter um bom ano em termos de exportação”, avalia.

 

Côrte observa que a exportação é uma alternativa extremamente importante num momento em que o Brasil está saindo da crise.

 

“Ainda não estamos com a economia a pleno vapor no mercado doméstico. Então, as empresas estão fazendo um grande esforço no sentido de manter uma posição expressiva no exterior. Nossa avaliação e expectativa é que teremos um bom ano tanto em termos de economia doméstica quanto nas exportações”, conclui.

 

Os segmentos também seguem esse aumento

Em janeiro de 2018, as exportações catarinenses cresceram em todos os segmentos de produtos por fator agregado.

 

O grupo mais representativo corresponde aos manufaturados (que representam 54% do montante exportado). A maior ampliação está nos semimanufaturados – que se ampliaram 58,9%. Os produtos básicos, que compreendem 40,7% das exportações, mantiveram-se estáveis, variando 0,1%.

 

Considerando a participação na pauta de exportações, os destaques ficaram para carne de aves (com decréscimo de 11,1% em relação a janeiro de 2017), enviadas principalmente para o Japão (que deteve 22,6% da compra do bem). Carne suína (que recuou 5,6% no mês), destinada principalmente para a China (42% do produto exportado). Partes de motor (com ampliação de 41,5%), destinada especialmente para os Estados Unidos (que detêm 44,8% das compras).

 

Esses produtos, somados ao tabaco não manufaturado e à soja, respondem por 43,46% do valor exportado pelo Estado em janeiro.

 

Comparando períodos

As importações catarinenses no mês cresceram 29,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando a marca de US$ 1,27 bilhão, o que dá continuidade à ampliação observada desde 2015.

 

Este valor confere a Santa Catarina a segunda posição entre as unidades federativas importadoras do País, responsável por 8,9% das compras externas brasileiras, atrás apenas de São Paulo (que importa 36,4% do montante total do Brasil).

 

As importações brasileiras tiveram comportamento semelhante, com alta de 16,4% frente a janeiro de 2017.

 

Em termos de produtos, os destaques em Santa Catarina ficaram para o cobre (crescimento de 24,4% em relação a janeiro de 2017). Originados principalmente do Chile (88,7% do produto importado), polímeros de etileno (com avanço de 9,4%), vindos da Argentina (que representa 50,6%). Os fios de filamentos sintéticos, com ampliação de 32,4% também.

 

Resumo executivo do desempenho do estado em janeiro de 2018. Foto: FIESC/Divulgação

Resumo executivo do desempenho do estado em janeiro de 2018. Foto: FIESC/Divulgação

Via Economia SC