eli

Secretário da Fazenda, Paulo Eli, projeta que atividade econômica seja normalizada apenas no início do ano que vem

O governo do Estado teve uma queda de receita de 23% no mês de maio, em comparação com o mesmo período do ano passado. A previsão do secretário da Fazenda do Estado, Paulo Eli, é de que a receita pode cair 12% em 2020 em relação a 2019 e a normalidade da atividade econômica deve ser atingida apenas em meados do ano que vem.

“Até março de 2020 as empresas do Estado estavam se recuperando do período de 2015 a 2017. Tínhamos programado de zerar o déficit, que chamávamos de zero a zero e tentar gerar recursos
para fazer obras próprias. Seria um ano muito bom”, lamenta Paulo Eli.

A queda da receita está evidentemente ligada à pandemia do coronavírus, com o isolamento social rígido sendo implantado no dia 18 de março e começando a ser flexibilizado na segunda quinzena
de abril. .Com a quarentena decretada no dia 17, o Estado foi salvar vidas e fez o isolamento social. A  economia sofre a recessão e o Estado tem queda de arrecadação”, esclarece Eli.

Em abril, a queda de receita foi de 19% em relação ao ano passado. Antes de março, a receita vinha com crescimento de 8 a 1096 ao mês. “Estamos torcendo que maio seja o fundo e se em junho tivermos uma queda de 2096 vamos ver que parou de cair. O equilíbrio depende muito da recuperação total da economia e acreditamos que seja em meados do ano que vem”, estima o secretário.

“É o mesmo que acontece com as empresas. O Estado reflete a sociedade. Grande parcela das receitas são vinculadas: aumento a receita, aumentou a despesa, desceu a receita, desceu a despesa. Algumas despesas não caem, como a dos servidores. Todo mês será uma luta para pagar a folha. O que vai nos salvar é a ajuda federal”, acrescenta.

Paulo Eli diz que o repasse da União, que deve chegar assim que trâmites burocráticos sejam cumpridos, deve auxiliar o caixa do Estado e dos municípios catarinenses. Porém, pode haver atraso no pagamento da folha dos servidores. ” Estamos trabalhando para não ter esse atraso. E claro que não vai ter antecipação do 130, que vai ficar lá para dezembro”, projeta.

“Houve suspensão de pagamento de três meses. As micro e pequenas empresas, provavelmente em julho e agosto, vamos ter que prorrogar de novo. A retomada da atividade econômica vai ser lenta e gradual, até que chegue ao novo normal. Todo mundo em casa, retração muito grande de consumo”.

De acordo com Eli, o agronegócio no Oeste acaba sendo o setor menos afetado, porque não teve queda de receita. Com o dinheiro e circulação do agro, reduz queda de outros setores”.

Via Portal 4Oito