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Santa Catarina tem uma população estimada de 7,3 milhões de pessoas, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Desse total, 6 milhões estão aptos a trabalhar porque têm 14 anos ou mais. E desse contingente que pode desenvolver alguma atividade, 65,8%, o equivalente a 3,9 milhões de pessoas, estavam trabalhando no segundo trimestre deste ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnadc/T) do IBGE.

Conforme análise comparativa de dados feita pela equipe do governo catarinense, este foi o maior percentual de pessoas economicamente ativas ocupada em um estado brasileiro desde que o levantamento passou a ser feito, em 2012.

Essa mesma pesquisa apurou diversos outros indicadores que destacam performance do mercado de trabalho de SC como o melhor e mais equilibrado frente ao nacional. O principal é a menor taxa de desemprego, em 3,9% no período.

Ainda segundo a Pnadc trimestral, o nível de ocupação (65,8%) em SC cresceu 1,9 ponto percentual frente ao trimestre anterior e seguiu o maior entre as 27 unidades da federação, posição que o Estado mantém desde o terceiro trimestre de 2021.

O nível de ocupação em SC avançou porque houve crescimento de 3,6% da população ocupada frente ao total de pessoas em idade para trabalhar, que cresceu 0,5% no mesmo período. No Brasil, a média de ocupação no segundo trimestre ficou em 56,8%, 4,7 ponto percentual maior que a do trimestre anterior, o que representou 8,9 milhões de pessoas ocupadas a mais.

Segundo o IBGE, dos 3,9 milhões de catarinenses ativos no segundo trimestre deste ano, 2,7 milhões estavam empregados no setor privado, 3,4% mais que no trimestre anterior. No setor público, o estado tinha 364 mil, 6,7% mais que no primeiro trimestre do ano. Do total de ativos, SC também tinha 180 empregadores, 158 mil trabalhadores domésticos e 1 milhão por conta própria, 3,6% mais do que no trimestre anterior.

SC também lidera no percentual de pessoas com carteira assinada. No período de abril a junho deste ano, 87,4% dos trabalhadores do setor privado estavam com carteira assinada, a maior média do país. Mas, mesmo com avanço de 2,4% desse grupo (46 mil trabalhadores a mais), o Estado teve uma retração de 0,8 ponto percentual proporcionalmente porque o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado cresceu 11%.

Indústria empregou mais no trimestre

Considerando as atividades que mais abriram postos de trabalho, a liderança ficou com a indústria em SC no segundo trimestre, com o acréscimo de 41 mil pessoas.

O setor de serviços às famílias – atividades de alojamento e alimentação – ampliou em 12,1% o total de vagas, com acréscimo de 16 mil pessoas a mais. A agropecuária foi a que teve a maior retração de vagas no período, segundo a Pnadc. O recuo ficou em -1,9%, com 6 mil vagas ativas a menos.