O déficit fiscal do governo do Estado de Santa Catarina vai dobrar de um ano para outro. Se em 2018 vai ser de R$ 1,5 bilhão, no ano que vem está projetado em R$ 3,2 bilhões. A informação do novo número é do governador Eduardo Pinho Moreira, em sua fala durante a solenidade de entrega da Ordem do Mérito Industrial a destacadas personalidades do meio empresarial catarinense, na Fiesc, na sexta-feira. Equacionar essa situação só seria possível se a economia do Estado crescesse dois dígitos, algo evidentemente fora de qualquer prognóstico. Ao seu lado, estava sentado o atento deputado federal Esperidião Amin, pré-candidato a governador nas eleições de outubro. 

Benefícios demais

Ele voltou a dizer, agora para mais de 400 industriais, que não é razoável o governo conceder benefícios fiscais a partir da canetada de duas pessoas: o governador e o secretário da Fazenda. Em eventos empresariais anteriores, já havia dito que há vantagens tributárias exageradas a alguns setores. Para o observador atento, não será nada improvável que ele, no curto período de seu mandato, ainda extirpe parte dos benefícios fiscais tão generosamente concedidos em épocas passadas. 

Orçamento falso

Mais uma vez, o governador Eduardo Pinho Moreira reforçou a necessidade de mudanças. Disse que a máquina pública precisa ser modificada e relatou que tem insistido na questão permanentemente. Segundo ele, não se pode mais fazer orçamento falso para o ano seguinte. Alertou que é preciso mandar à Alesc, neste ano, um orçamento que mostre a realidade. Por isso, enfatizou que é preciso enfrentar as questões a partir de ações como a que foi proposta, a redução da alíquota do ICMS, que não foi compreendida por muitos.  – Buscamos corrigir uma série de distorções que existe no sistema tributário estadual. Não podemos criar dificuldades para a competitividade e competição interna. São desafios que temos que encarar.

Via NSCTotal – Coluna Claudio Loetz