O saldo de 5,8 mil vagas a menos em julho, em Santa Catarina, reflete a situação difícil apontada em outros indicadores durante o mesmo mês, como a queda da arrecadação de ICMS, que foi a maior dos últimos anos. Apesar disso, o número de vagas fechadas foi elevado considerando que Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do país e que muitas indústrias começam a ampliar a produção para atender maior demanda do segundo semestre e apontaram que estão estabilizando o quadro de pessoal.

O emprego seguiu piorando também em função da continuidade da crise provocada pelo impasse político. Como a presidente afastada Dilma Rousseff decidiu esperar o julgamento do impeachment, a indefinição no país continuou causando estragos na economia durante meses, apesar de o governo interino ter assumido com propostas diferentes de política econômica e de ter encaminhado mudanças para serem aprovadas peloCongresso. A perda maior de vagas nos serviços, -3,7 mil, reflete o fato de esse ser um dos setores que entraram por último na crise e, por isso, também volta a crescer mais tarde. Pesa, ainda, o fato de o Estado ter uma forte temporada de verão, que amplia o número de vagas somente a partir de novembro e dezembro. O comércio, após fechar lojas e postos de trabalho no primeiro semestre, encerrou julho com menor retração no emprego. Teve saldo negativo de 76 vagas e projeta uma fase menos recessiva até o final do ano. Entre as cidades, Gaspar liderou a abertura de vagas por contar com indústrias de alimentos e vestuário com maior ritmo de atividade.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti