A inflação voltou a pesar para os consumidores de baixa renda em setembro. No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) ficou em 0,46%, depois de apresentar estabilidade em agosto.

O indicador, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (10), mede a inflação para os consumidores de menor renda familiar, que ganham até 2,5 salários mínimos.

A maior influência de alta sobre o indicador veio da tarifa de energia elétrica, que subiu 2,78% no período, seguido pelo aluguel residencial, com alta de 0,6%.

Entre as cinco maiores influências de alta, aparecem ainda o gás de botijão (1,92%), o frango inteiro (3,4%) e a tarifa de ônibus urbano (0,36%).

A FGV destacou ainda as altas nos preços da carne bovina, que subiu 2,81%, depois de registrar alta de 0,48% no mês anterior; medicamentos em geral (-0,20% para 0,33%), tarifa de telefone residencial (-1,97% para -0,81%), roupas (-0,66% para 0,09%) e show musical (0,75% para 2,75%).

Entre as classes de despesa, sete das oito classes componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: alimentação (-0,03% para 0,49%); habitação (0,23% para 0,70%); transportes (-0,25% para 0,41%); saúde e cuidados pessoais (0,20% para 0,42%); comunicação (-0,93% para 0,03%); vestuário (-0,48% para -0,11%) e educação, leitura e recreação (0,38% para 0,48%).

Apenas o grupo despesas diversas apresentou decréscimo de 0,12% para 0,06% em sua taxa de variação, com destaque para o item clínica veterinária, cuja taxa passou de 1,55% para 1,10%.

A taxa para a baixa renda ficou abaixo da registrada para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que ficou em 0,49% no mês passado e 6,97% no acumulado em 12 meses.

Via G1 Economia