Crédito, para inglês ver |
O impacto na economia provocado pelo novo coronavirus tem forçado pequenos e médios empresários a procurarem recursos junto às instituições financeiras públicas e privadas para manterem seus negócios ativados. Pelos quatro cantos tem se visto e ouvido que as dificuldades para se pôr a mão no dinheiro e atingir o objetivo, são hercúleas. Programas de créditos oficiais lançados lá em fins de março com a promessa de minimizar as sequelas financeiras não alcançaram a maioria dos pretendentes na outra ponta. A peneira pega da questão cadastral ao que oferecer em garantia. Claro que sempre tem os metidos a espertalhões tomando o dinheiro emprestado aplicando fora da sua finalidade de risco que o agente deve prever sob pena de causar danos irreparáveis. Pois vejam a realidade. Pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, aponta que apenas 14% dos que tentaram o aporte foram atendidos. Enquanto que para 86% com estoques parados, faturas vencendo, sobram-lhes a dura missão de demitir e em casos extremos, fechar as portas. Pela demora e burocracia quem tem amigos ou parentes que se possam socorrer, menos mal, mas esses são a minoria das minorias. Bem verdade que quase todos os setores retornaram à normalidade, mesmo com restrições. Ocorre que o consumidor, aquele cliente frequentador assíduo, anda ressabiado e com os pés no chão gastará o estritamente necessário. A saída para evitar a quebradeira geral é fomentar, via incentivo, mas que chegue ao verdadeiro empreendedor. Diferente das regras demagógicas e impossíveis de serem cumpridas e que não seja para inglês ver mas que os interessados tenham acesso ao crédito. Imposto atrasado Insegurança jurídica A situação penaliza os bons pagadores de impostos e deixa brechas para práticas que comprometem a ética concorrencial, como a ação dos devedores contumazes de tributos. Também acaba afugentando investimentos, o que prejudica o desenvolvimento do País e a arrecadação de impostos”. E segue: “é urgente que discutamos a relação fisco – contribuinte, valorizando aqueles que agem de boa-fé e punindo os que dolosamente fazem de tudo para não cumprir com suas obrigações. Não podemos mais permanecer nesse poço que traga os recursos financeiros do fisco e dos contribuintes”, conclui.
Refletindo Por Pedro Hermínio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual de SC |