Novo governador leu Mensagem Anual aos deputados e destacou prioridades do novo governo

Levou exatos 14 minutos para o governador Jorginho Mello (PL) ler a mensagem anual de abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, na tarde desta terça-feira (7). Foi tempo suficiente para ele defender a harmonia entre os poderes e reiterar as áreas que terá como prioridade nessa gestão, a começar pela saúde.

Jorginho começou destacando a passagem como deputado estadual por quatro mandatos e o período que esteve à frente da Alesc, como presidente. Disse respeitar o Poder Legislativo e reiterou o compromisso com a transparência e o diálogo permanente. Aproveitou para frisar que ocupa o cargo de governador em decorrência do trabalho prestado à sociedade.

— Não cheguei aqui por sorte, mas muito esforço.

A saúde pública foi a primeira prioridade de governo a ser abordada por Jorginho no discurso. Ao falar dos futuros mutirões para zerar as filas de espera por cirurgias eletivas, ele aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio coletivo dos Poderes na arrecadação de recursos para custear os procedimentos.
Há valores vindos das economias da Alesc e até do Tribunal de Contas da União.

O governador citou ainda as parcerias que pretende firmar com o Sistema S para avançar na qualificação da mão de obra, destacou a criação do Pronamp Catarinense e voltou a mencionar o que parece ser o grande projeto do governo para a educação superior: cursos gratuitos em parceria com instituições privadas e sistema Acafe.

A infraestrutura também ganhou espaço no discurso anual. Jorginho deixou claro saber que as condições das rodovias estão longe das ideais e que isso impactou no crescimento econômico de Santa Catarina. Prometeu que o tema será “tratado com muita determinação”.

Diante das metas, afirmou que o “cenário é preocupante”, pois o Estado não terá os repasses adicionais de anos como em anos anteriores por causa da Covid-19. Mencionou, ainda, que o governo voltará a pagar a dívida com a União — até então suspensa por causa da pandemia — e voltou a abordar o Plano 1000, lançado pelo ex-governador Carlos Moisés. Disse ser um municipalista, mas não admite pagar “R$ 6 milhões por um quilômetro de asfalto”.

Apesar do cenário, Jorginho Mello afirmou acreditar que as metas serão cumpridas porque, segundo ele, o governo está formado por profissionais competentes, que o Estado passará por uma reforma administrativa, haverá um plano de ajuste fiscal e irá atrás de novas receitas e investimentos para melhorar a vida do catarinense.

— O panorama é desafiador, mas fomos eleitos pelos catarinenses para resolvê-lo, e assim faremos. Sempre de maneira respeitosa e republicana — finalizou o governador.

Veja a leitura da Mensagem Anual do Governador:

Via Diário Catarinense