O ex-secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, defendeu as medidas adotadas na gestão Carlos Moisés de repasses de recursos dos cofres estaduais para empresas públicas, como a Casan. As transferências foram criticadas pelo atual comandante da pasta, Cleverson Siewert, durante entrevista coletiva ocorrida na terça-feira quando foi apresentada uma radiografia dos cofres públicos do Estado.

Segundo Siewert, a Casan fez um plano hídrico em 2021 de R$ 2 bilhões, que será bancado pelo governo do Estado. Além de R$ 454 milhões em obras que o Estado ficou de pagar para empresa através de crédito de ICMS à Celesc. Paulo Eli, que foi responsável pela decisão de aplicar os recursos, disse que defende a privatização da Casan, porém, segundo ele, a Casan não tem água suficiente para comercializar, por isso se montou o programa de disponibilidade hídrica , no qual os aportes da Fazenda na companhia se transformam em ações da empresa. O ex-secretário destacou que a maior obra em andamento é a adutora de Chapecozinho.

Eli afirmou que os recursos que a Fazenda está disponibilizando à Celesc para energia elétrica trifásica em áreas rurais e a construção de linhas de transmissão e subestações para alimentar complexos industriais “que trouxemos para investir em Santa Catarina e que não podem ser incluídas na tarifa de energia elétrica, por vedação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).”

“Defendo os dois programas, pois geram empregos em complexos industriais e renda no campo, que necessita de energia elétrica e internet rural”, frisou. “Investir em necessidades básicas, com água encanada e saneamento, em energia elétrica, são iguais a educação, saúde, segurança, entre outros” , rebateu Paulo Eli.

Via ND+ Edição impressa 27/01/2023