A carga tributária total no Brasil deve encerrar o ano em 37,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ligeiramente abaixo do índice de 2013, de 37,31%. Segundo do economista José Roberto Afonso, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), mesmo com a leve queda, a carga ainda será mais alta do que a de 2007 (35,3%), ano usado como referência por ter sido o último em que houve a cobrança de janeiro a dezembro da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

A desaceleração econômica afetou a rentabilidade das empresas e deve fazer com que o ritmo de arrecadação de tributos pelas grandes companhias caia mais rapidamente que o da atividade. O efeito já aparece na arrecadação do Imposto de Renda devido pelas empresas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A arrecadação dos dois tributos caiu em termos reais 14,2% de janeiro a outubro, em relação a igual período de 2013. O recuo foi puxado por bancos e outras instituições financeiras. Nesse setor, a queda foi de 26,27% até outubro e nos demais, de 7,54%.

 

Via Valor Econômico.