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As negociações lideradas pela ministra da Agricultura e Pecuária do Brasil, Tereza Cristina, com o vice-ministro da Agricultura do Canadá, Paul Samson, na manhã de hoje, resultaram na abertura do mercado canadense para a carne suína de Santa Catarina e para a carne bovina brasileira. Esta é mais uma conquista de mercado de SC por ter sido estado pioneiro a obter o reconhecimento da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) como área livre de aftosa sem vacinação em 2007. A notícia chega em boa hora porque o setor está com excesso de estoque devido à redução de vendas para a China e suspensão, para a Rússia em função da guerra.

SC responde por mais de 50% das exportações de carne suína do Brasil por ter essa certificação. Com ela conquistou mercados que remuneram melhor o produto, como do Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.

O Canadá não tem imposto de importação para carne suína. No caso de carne bovina, o tributo é 26,5%, mas o Brasil pode utilizar uma quota da OMC de 76,4 mil toneladas com tarifa zero, informou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro. Ele estima que para esses dois produtos, o Brasil pode chegar a vendas de US$ 150 milhões por ano para os canadenses.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) agradeceu o empenho da ministra Tereza Cristina por essa abertura. Poderão vender ao país somente frigoríficos de SC porque quando o ministério fez a solicitação, apenas o Estado tinha o reconhecimento de área livre de aftosa sem vacinação.

Agora, o país inicia conversas para que os outros seis estados, reconhecidos ano passado pela OIE, também possam vender aos canadenses.

De acordo com a ABPA, essa decisão do governo do Canadá é um reconhecimento à qualidade da carne brasileira. Essa abertura chega em boa hora porque ajuda o setor a melhorar receita numa fase de altos custos de produção de carne suína em Santa Catarina.  

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti