Após 12 anos do ranking Competitividade Brasil, apurado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o país subiu uma posição, mesmo seguindo entre os últimos colocados. Ficou em 16º lugar, à frente do Peru (17º) e Argentina (18º). O avanço do Brasil ocorreu devido a impactos negativos da pandemia em diversos países e por melhorias internas em financiamento, ambiente de negócios e tributação.

Competitividade significa poder oferecer melhores produtos industriais por preços mais acessíveis. O ranking é liderado este ano pela Coreia do Sul (1º), Canadá (2º) e Austrália (3º).  Também integram o ranking a África do Sul, Chile, China, Colômbia, Espanha, Índia, Indonésia, México, Polônia, Rússia, Tailândia e Turquia.

A CNI inclui somente países com economias similares a do Brasil ou que concorrem diretamente com o país no exterior. Não entram economias avançadas como EUA, Alemanha, Reino Unido e outras.

O ranking dá nota de 01 a 10 para 54 variáveis, depois avalia 25 subfatores e, finalmente, dá notas para nove fatores. Nessa lista de fatores estão: mão de obra; financiamento; infraestrutura e logística; tributação; ambiente macroeconômico; estrutura produtiva, escala e concorrência; ambiente de negócios; educação; tecnologia e inovação.

A pior posição do Brasil no estudo é no fator “financiamento”. Tem nota mais baixa entre os 18 países. O segundo pior fator é a “tributação”, na penúltima posição. Em “ambiente macroeconômico” e “ambiente de negócios” está na 16ª posição.

No caso da pior nota em financiamento, os pesquisadores explicam que apesar de o Brasil ter reduzido a taxa básica Selic para a menor média dos últimos 20 anos, os juros seguiram altos para os tomadores de crédito. A taxa de juro real de curto prazo do país segui a maior entre os países pesquisados, em 4,7% ao ano, e o Brasil registrou ainda o maior spread de juros (26,8%) ao ano.

O país também aparece mal no fator “tributação” porque no ano de 2019 teve carga tributária de 32,5% enquanto a média dos países pesquisados ficou em 24,1%. Sobre o “ambiente macroeconômico” os entraves estão na falta de equilíbrio fiscal (das contas do governo federal).

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti