Presidente, contudo, não indicou quais poderiam aderir ao sistema que existe para segmentos que mais empregam no país

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou nesta terça-feira a possibilidade de inclusão de novos setores na desoneração da folha de pagamento e usou como justificativa o “recorde de arrecadação” do país. Bolsonaro, que tenta a reeleição ao Palácio do Planalto, deu a declaração durante sabatina da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

 A minha opinião, se bem que eu só decido depois de ouvir o respectivo ministro, no caso o Paulo Guedes, acredito que dê pra você colocar mais setores dentro dessa pauta aí da desoneração da folha. Facilita a vida de todo mundo – afirmou o presidente em videoconferência, diretamente dos EUA, onde foi participar da Assembleia-Geral da ONU.

No final de 2021, Bolsonaro sancionou o projeto de lei com a desoneração nos últimos minutos do ano, na véspera da data em que a medida perdia a validade. O texto prorrogou até o fim de 2023 a desoneração para os 17 setores que mais empregam no país, com 6 milhões de empregos.

 

A desoneração da folha permite às empresas substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%. Em troca, as empresas tendem a contratar mais funcionários.

O que eu vejo nessa questão? Tem a visão da Economia, visão do Paulo Guedes e a minha aqui: nós estamos batendo recordes de arrecadação no Brasil. A gente não precisa voltar a cobrar, o que seria 20% na folha de salário. Continuar com esses setores, 1 a 4,5%, 17 setores, e pode no meu entender agregar mais alguns setores, simplifica essa questão toda.

Entre os 17 setores da economia que podem aderir a esse modelo atualmente estão as indústrias têxtil, de calçados, máquinas e equipamentos e proteína animal, construção civil, comunicação e transporte rodoviário. Eles empregam diretamente 6 milhões de pessoas.

Fonte:  O Globo