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Entre dificuldades da economia mais a acomodação após elevado crescimento no ano anterior, setores econômicos do Estado ficaram perto do zero a zero no desempenho de agosto frente a julho, na série com ajustes sazonais. O volume de serviços cresceu apenas 0,1%, o varejo ampliado, em volume, caiu -0,2% e a produção industrial recuou -0,6%. Os dados são das pesquisas mensais de serviços, comércio e indústria, do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).

O setor de serviços, que é o que mais pesa formação do PIB, avançou 7,2% em relação ao mesmo mês de 2021. No ano, até agosto, cresceu 4,9% e em 12 meses avançou 6,8%.

O destaque positivo nos serviços, em agosto, frente ao mesmo mês do ano passado, foram os serviços para as famílias, que cresceram 20,7%, seguidos por transportes e correios (12,3%), informação e comunicação (7,1%) e outros serviços (7,3%). A única retração, de 14,4%, foi nos serviços profissionais, administrativos e complementares.

Atividades turísticas

Nos serviços de atividades turísticas, SC teve queda de -6% em agosto frente a julho, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo mês de 2021, o setor cresceu 24,9%, no acumulado de janeiro a agosto avançou 39,6% e nos últimos 12 meses cresceu 35,3%.

Varejo ampliado

No comércio, em agosto, Santa Catarina teve retração. O varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, teve queda de -0,2% frente ao mês anterior, em volume, na série com ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor cresceu 4,2%. No ano, teve alta de 3,2% e em 12 meses avançou 2,3%.

Em agosto, frente ao mesmo mês do ano passado, as maiores altas foram registradas nas vendas nominais, em volume, de livros, papelaria, jornais e revistas (32,5%), combustíveis e lubrificantes (30,3%), produtos de escritório e informática (25,3%), veículos e motos (10,4%). Os supermercados e hipermercados tiveram recuo de -0,6%, e de materiais de construção -7,6%.

Produção industrial

A produção industrial de SC caiu -0,6% em agosto frente ao mês anterior, na série com ajustes. Cresceu 07% frente a agosto de 2021, no ano recuou -3,6% e, em 12 meses, caiu -4,5%.

Na comparação de agosto com o mesmo mês de 2021, a maior alta foi do setor de máquinas e equipamento, de 19,2%, seguida por alimentos com 15%. Mas chama a atenção a série de retrações: têxteis (-16,9%), produtos de madeira (-14,3%), minerais não metálicos (-13,8%) e máquinas e materiais elétricos (-10,4%).

Os resultados negativos ou com crescimento pífio de setores econômicos de SC estão ligados a dificuldades econômicas e, também, pelo fato de o Estado ter crescido acima da média no ano passado.

A indústria sofre com retração de vendas nos mercados interno e externo e falta de insumos. Deve voltar com posição melhor nos próximos meses em função do aumento da produção para o final do ano e recuperação de alguns mercados.

O comércio enfrenta o baque dos juros altos para compras a prazo e o maior endividamento das famílias devido à inflação. Pode ter uma leve recuperação no último trimestre com a Black Friday e com as vendas para o final do ano. Os serviços devem crescer mais em função do pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil e das reduções de preços dos combustíveis, que permite viajar mais.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti