Setor iniciou 2022 com janeiro em retração, seguindo tendência de desacelaração. Os dados são da Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados nesta terça-feira (14/2)

Seguindo a tendência de desaceleração registrada no semestre anterior, a atividade industrial iniciou 2022 em retração, de acordo com dados da Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), desta terça-feira (14/2). O índice de evolução da produção em janeiro foi de 43,1 pontos, pouco inferior aos 43,3 registrados em novembro do ano passado.

Para o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a estagnação revelada pela pesquisa é consequência da retração econômica nacional. “O resultado do mês é uma continuidade do que já vinha acontecendo: dificuldades na produção por conta do problema nas cadeias de suprimentos e demanda mais fraca, por conta da incerteza da economia, desocupação ainda elevada e a perda do poder de compra das famílias por conta da inflação”, explica.

De acordo com a pesquisa, a utilização da capacidade instalada, a produção e o emprego recuaram de dezembro de 2021 para janeiro de 2022. O índice de evolução da produção manteve-se em 43,1 pontos, e reforça a tendência de queda da produção industrial . O índice de janeiro é praticamente o mesmo de dezembro de 2021.

A pesquisa mostra ainda que o emprego industrial também recuou no primeiro mês deste ano. O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,8 pontos em janeiro, o que representa queda já que o índice ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa queda de alta do emprego.

Expectativas

Apesar da desaceleração, as expectativas dos empresários seguem positivas em fevereiro de 2022, mas com “otimismo moderado”, diz a pesquisa, como em janeiro.

Ainda de acordo com o levantamento, todos os resultados seguem acima da linha de 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses. Contudo, todos os índices estão entre os menores para meses de fevereiro dos últimos três anos.

Via Correio Braziliense