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A arrecadação de impostos federais bateu recorde em 2021. É o maior valor desde o início da série histórica da Receita, há 27 anos.

O governo federal arrecadou no ano passado quase R$ 1,9 trilhão em impostos. Em valores corrigidos pela inflação, um aumento de 17% na comparação com o ano anterior.

A arrecadação extraordinária de dois tributos foi o que mais contribuiu para o número recorde. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido somaram R$ 393 bilhões, um crescimento real de 31%. Segundo a Receita, essa arrecadação expressiva mostra uma lucratividade crescente das empresas.

Também contribuiu para o recorde de arrecadação o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, que, segundo a área econômica, foi necessário para bancar o Auxílio Brasil.

O secretário da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, disse que a recuperação da economia no ano passado ajudou para o bom desempenho da arrecadação, que, segundo ele, deve continuar.

“É um processo de recuperação econômica que nós passamos por 2021. O contribuinte entendeu da necessidade desse período nosso, onde há um aumento da solidariedade pelos reflexos negativos da pandemia, os reflexos econômicos. Houve uma maior conscientização da adimplência do tributo. E isso daí a gente se vê sentir bastante no decorrer de 2021”, diz Julio Cesar.

Economistas concordam que a arrecadação histórica confirma a retomada da atividade econômica e vai ajudar no equilíbrio das contas públicas.

“Diminui o ritmo de crescimento da dívida pública, com isso diminui as despesas que a gente vai ter com pagamento de juros sobre a dívida pública, e o quadro fiscal e econômico fica melhor. Agora, corremos o risco de esse aumento de receita gerar uma ilusão de que nós temos recursos para gastar, isso não é verdade. A gente ainda tem muito o que melhorar, para impedir que a dívida pública continue crescendo, que é o principal fator de instabilidade econômica do Brasil hoje”, afirma o economista Marcos Mendes.

Via G1