Maior acordo comercial da história, o pacto Parceria Transpacífico (TPP na sigla em inglês), firmado dia 05 entre 12 países – Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã – escancara o atraso do Brasil nas negociações comerciais internacionais, o que limita as exportações e impede maior desenvolvimento e internacionalização da economia.O principal entrave do país é a ideologia dos governos petitas, que sempre foram contra uma aproximação com países de economia mais aberta, de mercado, como as dos EUA e União Europeia. Por isso, se limitaram em manter o Mercosul e em buscar alguma associação na África e na Ásia. Assim, o Brasil está fora das cadeias de valor globais, que permitem a movimentação de insumos com menor preço e, consequentemente, oferta de produtos finais mais baratos aos diversos mercados.

Paralisadas, negociações do Acordo Transpacífico continuam na sexta-feira

O TPP permite a a redução gradual de tarifas de importação entre os 12 países, estabelece redução de barreiras comerciais, protege propriedade intelectual e define padrões para meio ambiente e questões trabalhistas.

Entre as lideranças que sempre alertaram sobre a pífia presença do Brasil nos acordos internacionais e riscos que isso traz ao pais está a presidente da Câmara de Desenvolvimento do Comércio Exterior da Federação das Indústrias (Fiesc), Maria Teresa Bustamante. Questionada por mim sobre o acordo Transpacífico há algumas semanas, ela disse que o país está ficando cada vez mais para trás. Defendeu um acordo no Mercosul que autorize o Brasil a fazer negociações independentes porque são seis países no bloco, com interesses diferentes, o que dificulta qualquer consenso. A última sinalização foi do acordo Mercosul e União Europeia. Maria Teresa não acredita que sai este ano.

O que se espera é que a crise acorde o governo sobre a necessidade de acordos que envolvam cadeias de valor e o Brasil firme parcerias bilaterais, especialmente com os EUA. A indústria catarinense seria beneficiada com parceria assim.

 

Via Clic RBS – Blog Estela Benetti