A pequena melhora na retomada da economia no primeiro bimestre e a necessidade de abrir negócio próprio são as principais causas do aumento de 12% na abertura de novas empresas em Santa Catarina, no período de primeiro de janeiro a 9 de março. As informações são da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc). Foram abertas mais de 32.286 novas empresas no período, das quais 25.274, o equivalente a 79%, são Microempreendedores Individuais (MEI).

Esse elevado número de MEIs retrata o grande impacto que está sofrendo o mercado de trabalho, que leva as pessoas a empreender para criar seu emprego ou porque querem ter um negócio próprio, especialmente na área de tecnologia.

Conforme a Jucesc, Santa Catarina conta, atualmente, com 870 mil empresas ativas, das quais 54%, ou 417 mil, são MEIs. As Sociedades Anônimas (SAs), que normalmente são as grandes companhias, soma 74 no Estado. No ano passado, SC registrou cerca de 150 mil CNPJs e no ano anterior, 2018, foram 121.357 novas empresas.

Registro de empresa em cinco minutos

A digitalização do processo de abertura de empresas em Santa Catarina coloca o Estado com performance semelhante à dos países que se destacam no índice global Doing Business, que são os melhores países para se fazer negócio. Segundo o presidente da Jucesc, Juliano Chiodelli, 36% das aberturas são feitas pela ferramenta Registro Automático, que permite o registro da empresa e obtenção de CNPJ em apenas cinco minutos.

Florianópolis tem recorde em janeiro

No mês de janeiro, Florianópolis registrou o maior número de abertura de empresas da história. Foram 1.150, o que significa 11,6% a mais do que o total de janeiro de 2019, quando foram perto de mil novos negócios.

Esses dados municipais foram apurados pelo economista Henrique Heichert, da empresa Caravela Consultoria, junto à Receita Federal. Os maiores números de negócios foram para serviços de alimentação e construção. Entre os MEIs, foram abertos mais negócios de publicidade, vendas e cabeleireiros. Heichert percebeu também maior abertura de empresas em bairros de Florianópolis, nos últimos anos.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti